Prosseguir ou
interromper uma gravidez é algo que só diz respeito à mulher. Por mais que o
homem ajuda na concepção, quem suporta todas as dores e todo o processo desde a
gestação até o parto é a mulher. A ajuda do homem na criação é minoria. O papel
de criar, educar, alimentar é da mulher. Logo, somente ela poderá decidir se e
quando terá filhos. E amigos, família e principalmente o estado/governo deve
respeitá-la e dar-lhe meios dignos para a interrupção ou continuação de uma
gravidez.
Muitas pessoas não concordam com o
direito da mulher interromper uma gravidez, dizem ser uma violência contra o
feto. Mas fazendo isso estão invertendo a ordem, colocando um não nascido com
preferência do que uma pessoa viva, como se a mulher tivesse menos direito. É algo
subversivo a realidade, a vida. O aborto não é matar uma criança, uma vida. A
ciência comprova que só a vida, se houver cérebro, e a formação do cérebro só
inicia-se a partir da 12° semana de gestação.
Criminalizar o aborto é interferir
na vida da mulher e acarretar futuros problemas sociais. Descriminalizar é
necessário. A descriminalização acabará com as clínicas clandestinas de aborto,
que por suas péssimas condições sempre levam a morte de mulheres. A legalização
acabaria com o tráfico de remédios usados para fazer o aborto sem prescrição
médica. Com a legalização o número de crianças em orfanatos certamente
diminuirá o que trará menos problemas sociais ao decorrer do tempo, já que
inúmeras crianças não aceitam o fato de lá estarem.
ACOS