Em meio ao vento forte, resolvi ser copo
o copo, singelo e pequeno
não suportava tanta dor

recomendou-me que fosse lago 
seu vidro não suportava o vento que batia, trincou.

Tornei-me lago para ter onde depositar o penar.
Desde que lago sou, não sinto mais o gosto do pesar. 

Tudo depende se escolhe ser lago ou copo
o perigo...
é a escolha.
De talvez escolher o sofrer
com medo e receio do fardo.

Pobre de quem acredita que poesia e poeta só tem uma face.
A faceta é ser mais de mil 
Ser som
Ser vil
Ser você
Ser eu.
Meu peito dói quando lembro de ti
meus dias vãos
e eu já nem sei mais quem és
viver é tão sem lugar
não resisto muito a andar à mercê
queria ser com você
mas quem és?
quem és tu que me levou sem deixar endereço?
deixou matéria sem espírito
Pago recompensa se alguém me achar
ou roubar-me da mesmice do penar
do mundo que se finda quando me afasto
de ti
e eu que

 eu já não sei onde andas
e o por que segue
sei somente que nada mais procede,
além da dor de ser tão sem você.
dentro do peito que arde peço que
se caminhas... busque-me o corpo ou me traga à alma.

Fui-me


Apolo, meu rei
fantasias te engoliram 
não viste, eu vi
a dor nas entrelinhas 
Não lhe temem mais nem as flores 
do nosso jardim
Rogo-lhe apreço sim
Mas haverá discursos que encobrirá teus deslizes?

Meu rei, de ais não se faz teu mistério
bem sei que teu povo clama teu afeto
deixe de lado a ameça em prosa fina
caia nos braços dos desafinados pra fazer teto 

Ah, meu rei!
Se não vens e cai em vício
de ti eu desisto
Deixo o devir da guerra chegar
Vou-me pra Bahia, onde tudo é mansidão. 

Se lhes arrependes em outrora
deveras valer o verso
que construir sobre meu universo
fincar perdão no coração.

Mas, hoje, estou na Bahia! Axé! Asé! 

Na tua rua deixei minha rima
na tua porta meu coração
Em tua cama ficaste meu chão

Preciso de reforma 
reconstruir-me sem ti
ou será que posso voltar 
para cima do seu colchão?

Reinaugurar-me com boa intenção
roubar-lhe atenção.
Se disser que sim, me apresso pra junto de ti.
Se disser que não, guardo-me pra si.

~ silêncio~ 
Deixe de ver você. Deixei de escrever.

Na última aurora deparei-me olhando aquele bloco velho de folhas – quase amarelas- em cima da mesa, perto das tantas canetas que já criaram tantas histórias. Senti uma lacuna sendo exposta, deixando a vista, à revelia de mim... Perguntei-me por que já não me sentava à mesa e deixara como outrem faria ao presenciar e participar de mais uma aurora. À beira da cama ponho-me a pensar.
De repende, subitamente, seu nome veio em meus lábios. Você. Você que já não faz parte de mim, mas ainda não ousou me deixar. Você que sempre percorreu pelas linhas dos meus versos, protagonista das histórias criadas na rede codificada da minha imaginação.
Entendo... Que loucura, posso entender. Você se foi levando minhas palavras. Hoje elas percorrem vagamente por um mundo que desconheço. Vagam. Livres. Soltas. Longe das folhas amarelas do meu velho bloco de escritos – hoje tão vazio.
Você era a punção, embora venenosa, dava vida as palavras dentro de mim. Escrever me traz você.
 Academia de poeta é poema, é verso rimado que outrora também é livre de métrica. Ando fora de forma. Sedentária de palavras. Fadiga de estrofes. Mas se me ponho à forma, encontro seu rosto nas folhas, seus lábios na ponta da caneta.
Mas, diante de tantos ‘mas’, a ausência de jogar no mundo, escrever as palavras que circulam por todo meu sistema de vida tem causado um vulcão, chegando ao seu ápice: a erupção.
Levanto da beira da cama e questiono as tantas dúvidas que o velho bloco trouxe diante de mim... Um despejo de palavras surge, você, você veio a tona novamente, seu nome no papel escrevi... O adjetivo transformou-se em verbo, você, ali, nos meus versos virou a volta por cima. Superei... até a próxima curva.

Noite e Dia


- Alice Ruiz

"Não me agradam essas coisas que despertam
barulho, susto, água fria
 tudo na minha cara
mais nenhum sonho por perto.
Não me agradam  essas coisas que adormecem
vazio, escuro, calmaria
tudo que lembra morte
quando nada mais dá certo.
 Não me agradam
essas coisas sem poesia
uma noite só noite
um dia só dia."
   

Da vida e seus saberes:





meus pingos dos is eu mesmo carrego

aprendi que não tem desculpa

que a culpa vem da acomodação

A revolta

um incontentamento de não ser mais um contentamento
um repúdio a acomodação
na falta de atenção
que a trincheira na mão do caboclo do nordeste a anos revela
que tem sangue pra alimentar o patrão e não morrer na miséria
ainda sim, morre, morre de fome

E a senhorinha de brilho no rosto cheio de encanto
na fila do SUS esperando medicação
não sofre por antecipação de não ter, a dor do coração
é de também do descaso de quem vê a novela
mas fecha aos olhos pro país em sintonia
com o governo que o remédio da senhorinha consome.

Senhoria morreu, trincheira de caboclo não deu conta do sustento da família
filho que só ia para escolha anseiando a hora da merenda,
que padeceu com o fim da educação no seu sertão.

Professor que não recebe e por amor leciona
lucrou mais com o corte de cana.

A família rendida pelo cabresto
pela ignorância ingênua depositada no seio da falta de educação
saúde e cultura
vê espera com o grito do protesto
que ecoa nessa terra

Quem sabe, pensa, amanha posso enfim saber
o que é ter boa refeição
analfabeto não mais ser, dá leitura-que tanto ouve patrão dizer- poder fazer
Não jogar bola pensando que o país é do futebol
e senhorinha deixa morrer, porque estádio tem que construir
e dinheiro pro hospital não pode, não.

O grito do povo balança a estrutura do congresso
não quer mais saber de regresso
e esperança e brilho no olho dá pra'queles que pão
saúde e educação não sabem o que ter

O Brasil vai mudar
você vai ver!
Copa? Ih, só se tiver saúde, educação
justiça e cultura
E político que o povo representa.

A bola que rola agora, é a da revolução
o gol é a mudança do Brasil
e o jogo termina quando você, todos
ir além do ativismo de sofá, saber respeitar e por seus diretos lutar.

Enquanto em mim, houver o sentimento da insatisfação
da dor de tanta corrupção, que retira de quem não tem
para encher o bolso do "povo" do mensalão
haverá um grito de revolta, uma onda da ação
e a luta pela revolução!

E enfim senhorinha descansará em paz!

Avante já!

Os gritos dos bons, o silêncio dos poderosos.

              Os gritos da estupidez ecoam na sociedade, perseguindo os que ainda não desaprenderam a ouvir o outro. Porém, não é uma estupidez deseja, alimentada pelas querências da alma. É irrigada pelo sopro vão da ignorância, ingenuamente. Transforma-se-á em atitude viril, de modo que os olhos vedados, dessa mesma sociedade que padece, não perceba o tamanho da insídia a qual se encarnam, Meios onde a última gota que caí é a da educação, não podem ser culpados por refugiarem-se nos cantos das imundices das mais inautênticas  e boçais faculdades humanas- se é que podemos assim considerar. Os que indicam a culpa sobre esse ignorantes ingênuos, são os detentores do remédio, da solução dessas mendicâncias. Os que se encontram no seio das decisões e decidem silenciar-se, tapar os ouvidos e não ouvir os que clamam, esses sim, são culpados de fomentar a miséria das virtudes humanas, da intelectualidade, do bom senso, da própria humanidade. Enquanto, os bons agonizam e se enforcam pela estupidez da ignorância que a linha dos poderosos traçou, os do cume da pirâmide, esgrimem-se falsamente para ludibriar os que ainda conseguem ouvir...por enquanto.

A dor dos dias que se foram, a dor que se foi, a dor que não volta, você que se foi, eu que agora volto a sorrir, um dia isso escrevi.


Ela me doía à alma. Enquanto olhava o seu retrato, a música do filme que acabara de ver tocava. Como eu queria ter visto
esse filme ao lado daquela moça. Logo esse filme que fala de vida, da doçura de viver. Porque eu que era tão triste antes
de você chegar, pude sorrir quando senti os seus lábios. Hoje, num domingo desses que a vida que já não tinha sentido perde
seu brilho, o labor de continuar a sorrir me entristece. Sinto sua falta. Terceira taça de vinho. Segunda lata de cerveja.
Meus sentidos estão atordoados, mas é só mais um porre. Um porre de tristeza que nunca mais passou desde que você mudou-se
da minha realidade para os meus enleados sonhos. Sinto-me cada vez mais presentes dentro dos poemas de penumbra. A sofreguidão
já não é tão dura. Noutra taça descubro-me nas incertezas desses esmorecimentos que circulam por entre linhas perdidas.
A dor não é mais dor, dor é rotina. Tu és vício de injúria, mulher. O amargo, simplesmente o amargo me define. Limito-me
a pensar na angustia de outrem - posso me livrar da minha. E tu, não crês na minha lamúria, no esmorecimento do meu corpo.
Talvez, quem sabe, seja porque ao me ver pela vista tens a imagem da exaustão da felicidade, do canto alegre de Caetano.
Mais uma cerveja. Afundo-me, perco o sentido, a vista embaraça, a música arde pela voracidade das lembranças que me remetem
a você. Até quando serei choro e peito armado? Saltito, saltito  em breve remoçarei, tornarei-me moça de alma alegre e dizer-te-ei
apenas o quanto te amei sem mágoas. Por enquanto, o mundo acaba num copo vazio.

ledo engano

não discuto pra ter razão
discuto pra ter emoção.

Colocava a rádio pra tocar,
quando ouvia falar de amor...
trocava a FM

Covardia fugir da dor
(e sabia)
mas, pobre coitado que era
enfrentá-la não queria

Trocava a FM, falava de si
via o céu sem azul
saia de si
em sons de melancolia
quem sabe, alegria

ai o amor lhe encontrou...
Hoje, novamente, ele troca a FM...


espinha ereta, 

incenso aceso

que nos rege é a meta

meta que faz verso

com alegria de uma quinta.



QUINTA-FEITA DE LIBERTAÇÃO MENTAL
   Ah, como eu desejo não ter as lágrimas como companhia essa noite. Essa ausência tua dói-me a alma. E ando padecendo, dia após dia, essa ausência tua tem me roubado a alegria de viver. Não deixei de sorrir, de falar poesia e ouvir Caetano, mas dentro, aqui dentro, o dissabor de viver se espalha, agonizando, em estado de algia, meu coração morre lentamente... e os versos de alegria, o otimismo dos dias, deixo escrito nessas linhas: não passa de farsa, afinal todo ator tem sua máscara. Minha realidade é de comiseração.
Eu gosto de morrer para ter o gosto de nascer.
A morte é preciso, pro novo renascer.

Nada é vão, nem o LSD na mão.
Tudo é morte, tudo é vida
quem dirá que não?





Vidro fechado, aeroporto de solidão.
mágoa contida, sorriso escondido.
almas vazias, mãos cheias.
passos apressados, óculos na cara.
ninguém leva nada da terra,
nada, nada, nada.
eles não entenderam, perderam o pôr do sol
...
a emoção do suspirar pro rei, rei sol.


POEMA DA MORTE


Mas qual será o tamanho do nosso boletim de omissão?
Numa finitude infinita de ladrão, paradoxalmente, matando-nos ...morremos
morremos por dentro, de ver a tristeza que não tem fim e sorrimos
sorrimos para aliviar a nossa dor, e no fim, somos iguais aqueles que julgamos: egoístas
dormimos de cabeça baixa, amanhecemos procurando prozac buscando cor à vida e sua finitude de virtudes, que outrora
deixa de ser principio apenas pela perenidade das coisas em vão, ah, vida!
Morremos ... que ironia!
e choramos ao perceber qual o ritmo da vida:enquanto um sorri, o outro chora, pela dor que nós é semeada
e nesse embalo, a gente segue, morrendo, pacientemente somos morte
Morremos ao negar a mão ao alheio, aquele que sujou as mãos para cosntruir nossos tão exaltados edifícios
Mãos sujos de colher o alimento que de sorriso estampado compramos no mercado da hipocrisia
infinita guerra pelo pão
comendo na mão de quem possui o bolso maior
chora, chora o cidadão

Colombo se foi, o ouro acabou, as consequências não
quem não percebeu e continuou a exploração?!
negro, pobre, gente com dom da paixão, sofre com a difusão de conceitos, a errônia ideia de viver
que nós leva ao chão

morremos...morremos
saberá eu se ainda somos humanos?!
ao que tudo indica somos zumbis, inerentes a paz
em detrerimento do sentido da vida
mas que vida?
se a criança chora e na calçada alguém tem fome enquanto um pastor prega, roubando o resultado do suor dos irmãos
e essa alusão com a liberdade? mas que pena!
essa merreca de vida, que não é boa nem bonita, nos faz prisioneiros
e os animais, vulgarmente conhecidos pela inferioridade, irracionalidade
cantam, vivem, semeam e quando colhem, sorriem verdadeiramente
enquanto, no mesmo momento, atrás dos nossos sorrisos largos, um coração triste, uma multidão de solidão
a maquiagem cobre a dor da Maria, o cansaço a tristeza do Zé
e no final, no fim da copa e da novela, temos a certeza: morremos!
Omissão, pura omissão, fingimento, medo, escuridão, nosso elo é apenas de dor. A vida é bonita pra quem cria uma ilusão!

Um green pra noite ser rima
Um beijo pra ser prazer
Um copo a mais pra ser cama
você pra ser felicidade
tudo em prol da humanidade
pra fazer verso com o nosso contato
peregrinamente pra ser 
à noite do nosso amor.
Eu espero e você não vem
Chamo-lhe e você não me responde
procuro-o e não acho
Cadê você, meu bem querer?

Ah, tanto sofrer, se você não vem
E sobra o vazio,
que ando vagamente,
perdidamente
feito demente
que mente
um sorriso
Rompendo esse leito de dor
dor de amor
De amor, não
dor de falta, falta de você
do afago quente junto a sua pele
pele macia
que chama carícia

Ah, onde está você, meu bem querer?
Tão meu, tão livre, tão sem eu, tão seu?

Mais uma noite


Não dormes
Não durmo

Não dormimos 

Sonhamos acordados
olhando estrelas

Nosso amanhecer é olheiras

Suas teses, meus ais
Florescem manhã

Nosso ar de mais
com sabor de avelã

A lua que se dá em sorriso 
despede-se da noite que se vai

E nós, imensidão que se esquiva
sobre o brilho da manhã que paira, pairava
sobre nossas retinas

Semeando luz, vivemos em paz sem o sono da escuridão que vai 
levando nossa rima pra bem mais. 


Poesia da rima cansada
que bebe um sorriso seu

ali, parada, amadora como eu
que é chuva, com saudade de chão
que é eu, buscando o toque da sua mão.
ACOS

Hoje o meu pedido ao acordar não foi nada estupendo, grande. E sim, algo simplório, nada complexo: Pedi coragem. Coragem para derrubar os gigantes. Coragem para olhar os olhos plácidos da esfinge e antes de correr o risco de por ela ser devorada, saber decifrá-la. Coragem para enfrentar o receio do novo e não abaixar a cabeça aos que julgam serem donos de todo o poder. Coragem para voltar atrás, não temer o erro e a intrepideza do falar. Para hoje, apenas coragem de ser o que é.

Brasil em LUTO


Segunda-feira. O dia deu em chuvoso. Dentro de mim, dentro do Brasil. Não foi só as nuvens que choraram hoje. Não basto uma garrafa de cerveja para escapar da dor. Há dor em cada canto de nossas casas. Dor que berra à perda de sonhos, dor de quem agora tem medo de ir para longe. 
Hoje, o sol em luto não apareceu.

ACOS

Viver é não ter a vergonha de ser FELIZ!!


ACOS

A casa de avó parece ser um ponto de encontro da família: jovens e idosos, tio e tia, criança e bebê. Talvez seja o cuidado que a familía quer mostrar para anfitriã-a geração que, embora crescida na ignorância e no suor do trabalho pesado, mostra-se a mais sábia diante das adversidades que vem e advim. Cuidado, afeto, confusões, as façanhas das crianças tão oriçadas, os tão temidos conselhos biblícos. A comida farta e saborosa. O calor da pele com pele, da mão que afaga, da boca que soa os sermões e indiretas em volta da mesa, brigas e mais... Família tem disso!
E no meio dessa desordem da ordem que avó sempre quer, noto e prendo-me a observar as crianças brincando e inventando mil e um porquês com o giro realizado pela máquina de lavar e suas proezas para nós, adultos: molho rápido ou longo, enxágue, lava e seca, só falta a roupa sair passada. Ah, é pedir demais! Ou não, a vida é tão corriqueira e as facilidades de longe, atraentes. Voltando as crianças e suas guedelhas embraçadas, nas quais pouco se importam, vejo a felicidade refletida pela simplicidade. Recordo-me do que o Zeca Baleiro disse em uma de suas belíssimas músicas: " Felicidade pode ser qualquer coisa/uma cachaça, um beijo, um orgarmo, um futebol na tarde de domingo..."  ah! Bem sabe ele o que é felicidade.
Nós, meros adultos, tão metídos a sabidos da vida que tanto tenta nos ensinar com pequenas coisas, vivemos no emaranhados das adversidades, rodeado pelo extresse do patrão, pela dúvida do amanhã, com o feijão na panela e esquecemos da alegria substancial para nossa essência. Alegria essa que as crianças encontraram até no giro da máquina de lavar roupas. Por que tanta cobrança? Por que nos roubaram à infância? Por quê? Se, deparo-me a observar uma máquina de lavar roupas, e rio com isso, com certeza de louca serei taxada pelos que também me observam.  Já até imagino o murmurinho na mesa do almoço de domingo, a tempestade na tampinha de cerveja, o pomo da discórdia.
Quero ser criança! Não! não quero fugir da responsabilidade do trabalho em meio ao sistema capitalista, não. Tão pouco quero fugir dos males e tornar-me maleável as palavras de consolo no colo da mamãe. Quero é sorrir do que é bonito, quero que bonito seja o que é simples, e simples seja até o barulho do liquidificador fazendo suco para curar ressaca. Quero olhos que brilham ao ver a oportunidade de brincar que à vida oferece, ter uma estado de espírito em júbilo pelo abraço ou pela ida à praia. E quero ir devagar, devagarinho,  conhecendo a essência da vida, do encontro dos amigos, do aconchego da família, do amor e desamor que a vida oferece ... Por isso, eu fico com a pureza da resposta e do olhar de uma criança e ponho-me à cantar: " Viver! É não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz ... "